"Rei Negro" de Coelho Neto


    Em “O rei negro”, obra publicada em 1914, é possível apreciar o estilo verborrágico de Coelho Neto. O autor traz à tona a história do protagonista Macambira, um rapaz negro escravizado que trabalha numa fazenda no interior do Rio de Janeiro. Assim, a narrativa desenrola-se, pois, no interior de uma fazenda pertencente à Manuel Gandra e à sua esposa Clara. O narrador, antes de centrar-se na história do protagonista, mostra o sofrimento dos escravos e expõe a difícil vida das cativas jovens, que sofrem abusos sexuais por parte de Júlio.


   Macambira, por seu turno, não padece, no início do romance, de nenhum tipo de sofrimento, mais violento, experimentado pelos os outros escravos da fazenda. O rapaz goza de um certo prestígio (limitado, uma vez que era um cativo) perante a família de Gandra, visto que é responsável pela entrega das mercadorias da fazenda. Esse ofício e a proximidade com os senhores faz com que Macambira seja desprezado pelos outros escravos da fazenda. Diferentemente dos outros cativos, o protagonista ignora os prazeres carnais e condena os atos luxuriosos dos escravos.



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