"A Escola de Frankfurt", de Rolf Wiggershaus



    A "Escola de Frankfurt", como é conhecida uma das mais importantes tendências filosóficas e de teoria sociológica do século XX, foi uma extraordinária - talvez única - interligação entre trabalho e ação de destacados intelectuais de esquerda, a saber: Horkheimer, Adorno, Benjamin, Marcuse, Fromm, Habermas, Neumann, Kirchheimer, entre outros, que representam décadas de reflexão sobre a patologia do moderno, ainda hoje presentes na combativa reivindicação por um mundo melhor, emancipado e sem preconceitos. Esta primeira apresentação geral da Escola de Frankfurt, famosa como um trabalho paradigmático sobre o tema e obra-prima da historiografia das ciências sociais, segue a "improvável" história desse grupo de intelectuais, desde a fundação do Instituto de Pesquisas Sociais da Escola de Frankfurt, patrocinado por Felix Weil, filho de um milionário, na antiga República de Weimar, até a morte de Adorno e o surgimento de uma nova geração de "teóricos críticos", contemporâneos dos movimentos de protesto do final dos anos 60 e início dos 70, passando tanto pelo período de uma nova orientação e do conflituoso exílio americano do Instituto sob a direção de Horkheimer quanto pela fase republicana do retorno a Frankfurt am Main. Sem jargão acadêmico e narrado de forma a prender a atenção do leitor, o livro traça uma reconstrução crítica, entrecruzando biografias, a história do Instituto, a evolução de teorias e a descrição do meio científico, assim como o seu pano de fundo social e político. O AUTOR Rolf Wiggershaus nasceu em 1944, em Wuppertal. Depois dos estudos de filosofia, sociologia e literatura, defendeu a tese "A propósito da noção de regra na filosofia da linguagem", sobre Wittgenstein, Austin e Searle. Dedicado essencialmente à filosofia e à teoria da sociedade, foi responsável, particularmente, pela edição da coletânea Sprachanalyse und Soziologie (Análise Lingüística e Sociologia), em 1975. É também autor de textos sobre Adorno e Horkheimer, na coletânea editada por O. Höffe, Klassiker der Philosophie (1981).

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